Produtores de abacaxi comemoram recorde na produção da fruta no município de Itamarandiba
Com produção recorde na safra 2020/2021, o cultivo de abacaxi em Itamarandiba gerou mais de 1.000 empregos diretos. A mão de obra feminina foi uma das mais utilizadas.
Itamarandiba deverá colher mais de mil toneladas de abacaxis na safra 2020/2021, sendo aproximadamente 600 toneladas a mais na comparação com a temporada de 2019/2020. A colheita, iniciada em novembro passado, vai até o final do mês de março. A expectativa é de que seja colhidos cerca de 800 mil frutos neste período.
O crescimento na produção e na qualidade do fruto são motivos de muita comemoração por parte dos fruticultores itamarandibanos, visto que esta é uma safra recorde. Além disso, na primeira semana do ano o preço do abacaxi teve aumento significativo na Central de Abastecimento de Minas Gerais (CEASA/MINAS). A dúzia da fruta chegou a ser comercializada a R$ 80,00.
A região de Areião, nas proximidades do distrito de Contrato, é uma das principais produtoras de abacaxi no município de Itamarandiba; é de lá que no último final de semana (09 e 10 de janeiro) cerca de 70 toneladas da fruta foram colhidas e transportadas para a CEASA. Natural da localidade e um dos pioneiros na produção de abacaxi no município, o fruticultor Pedro Francisco Rodrigues Pinto, que possui 04 hectares coberto com o plantio da fruta, viu sua produção triplicar na última safra. Ele argumenta que esse aumento se deve ao preço atrativo e ao controle da doença fusariose. “Ficamos uns 15 anos sem fazer o cultivo do abacaxi. Esse tempo foi determinante para que se diminuísse a infestação pela fusariose. Tivemos na Prefeitura e EMATER parcerias de orientação e combate; com a baixa produção abaixa-se a transmissão!”, explicou. Rodrigues ressaltou, ainda, que o abacaxi local possui um fator decisivo para que seja comercializado com preços vantajosos. “O clima da nossa região é favorável e a safra é prolongada. O abacaxi daqui tem colheita na entressafra; ou seja: quando a produção de outras regiões está no fim é que começa a nossa.”, diz.
Pedro Rodrigues foi um dos primeiros fruticultores a investir no plantio de abacaxi no município de Itamarandiba. Se comparada com safras anteriores, sua produção triplicou nos anos 2020/2021.
Além de Areião, outras comunidades itamarandibanas se destacam na produção de abacaxi, dentre elas: Contrato, Canjuru, Bom Jardim e Martins. O engenheiro agrônomo da Emater-MG do município, João Batista Araújo, tem acompanhado de perto a evolução da produção do fruto na região. Ele enfatiza que Itamarandiba possui condições climáticas e solo adequado para o cultivo da fruta. Tais fatores, segundo ele, são essenciais e fazem com que o abacaxi itamarandibano tenha algumas peculiaridades que o torna disputado no mercado. “O abacaxi produzido aqui é o da espécie Jupi. Com massa firme, cor amarelo, muito doce e a safra não coincide com outras regiões produtoras do país, fazendo com que os agricultores consigam maior preço.”.
Ao destacar que a Prefeitura de Itamarandiba sempre esteve atenta aos interesses dos fruticultores do município, o secretário municipal de agricultura, Dirceu Pires, lembrou que sua pasta tem apoiado e incentivado a produção local, inclusive promovendo ações como o 1º Dia de Campo do Abacaxi. Realizado em meados de 2019, o evento abordou temas relevantes quanto a escolha e preparo do solo, conjunto de técnicas de cultivos recomendadas para exploração comercial do abacaxi, incluindo o controle das principais pragas e doenças. “É com grande alegria que recebemos a notícia da safra recorde de abacaxi no nosso município. Temos ciência que a região possui predicados para tal cultivo e por isso nunca deixamos de promover ações que ofertem oportunidades de diálogo e troca de experiências acerca da cultura do fruto.”, comentou..
Enquanto que em outras regiões a colheita do abacaxi é feita entre setembro e dezembro, em Itamarandiba a fruta é colhida entre novembro e março. A produção na entressafra permite uma rentabilidade maior.
Já o prefeito itamarandibano, Luiz Fernando Alves, ressaltou a importância da atividade na geração de renda e emprego no município. De acordo com ele, Itamarandiba possui grandes produtores da fruta que utilizam boas práticas desde o plantio até a colheita e empregam mais de mil pessoas durante toda a cadeia de produção; nesta destaca-se a mão de obra feminina. “Sabemos que o investimento da tecnologia nas lavouras de abacaxi é fundamental para alcançar bons resultados na produção. Contudo, destaco o comprometimento dos fruticultores na geração de empregos para nossa população. São muitas famílias que trabalham no plantio, manejo, capina e proteção do fruto.”, reconheceu.
Levantamentos da Secretaria Municipal de Agricultura, em parceria com a EMATER/MG, apontam que os fruticultores de Itamarandiba conseguem produzir abacaxi com alta qualidade com menos custos e maior renda; isso permite a exportação do fruto para grandes centros do Estado; garantindo assim geração de renda e emprego na região produtora.
O município itamarandibano produz em grande escala o abacaxi da espécie Jupi. O fruto é comercializado principalmente na CEASA/MG.
Da redação: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Itamarandiba