Penha de França

HISTÓRICO DO DISTRITO DE PENHA DE FRANÇA

Primeiros moradores: Negros e índios

Povoado: no ano de 1.653 por Alemães e Franceses

Distrito: lei nº1136 de 24 de setembro de 1.862, que foi oficializada por eleição em 19 de março de 1.865.

OBS: Antes Penha de França já pertenceu à Comarca de Serro, Diamantina, Minas Novas e, finalmente Itamarandiba.

Antes de sua fundação, Penha de França era habitada por negros e nativos que eram chamados Bugres. Por volta de 1.653, chegaram a Penha de França vários alemães e alguns franceses que lá fixaram residências para melhor explorar a terra, jazidas de ouro e pedras preciosas. Em 18 de setembro de 1.653, um negro que servia a um dos franceses viu um tronco de uma árvore gigante, que fora derrubada para madeira, incandescer, gerando fogo e um forte foco de luz. O negro aproximou-se do local e pôde ver a imagem de Nossa Senhora de cima do tronco. Ele correu para contar ao seu senhor o que vira. Seu senhor sem querer acreditar, foi ao local prometendo ao negro que se fosse mentira, ele seria amarrado e açoitado. Chegando ao local, não havia mais nada, a não ser o tronco. Quando o senhor ordenou que amarrassem o negro para espancá-lo, o tronco foi iluminado novamente e Nossa Senhora apareceu; porém só o fez para o negro. Os outros só viram o clarão do fogo. A história informa que, naquela mesma época, mandaram construir uma igreja em homenagem à Nossa Senhora de modo que o trono da santa ficasse em cima do tronco da árvore. Até hoje ela está edificada com o nome da igreja de Nossa Senhora da Penha. Em 1.920 havia plantações de cana, milho, feijão; estes gêneros alimentícios eram de fácil comercialização no distrito de Diamantina. Fundou-se uma pequena forja próximo à povoação, e o ferro que antes se comprava a uma pataca, ali já não custava mais de 50 centavos. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, também passou por Penha de França, onde permaneceu por cerca de 60 dias, tendo inclusive namorado uma escrava por nome de Sinhá Raimunda.
Entre Itamarandiba e Senador Modestino Gonçalves, no lugar denominado Itanguá havia um quilombo onde os escravos se escondiam de seus senhores. O local hoje é uma reserva natural, pertencente a Senador Modestino Gonçalves. Na região de Penha de França existem locais ainda não bem sondados como: Laje Santa - sinais rupestres na fazenda de D. Elizeta do Lino Silva. Segundo se informa, historiadores encontraram ossadas humanas pré-históricas, com cerca de 4.000 anos por ali. Neste mesmo lugar vêem-se inscrições rupestres, com figuras indígenas e de animais. No dia 1° de outubro de 1.904 Nossa Senhora tornou a aparecer para duas meninas negras de nomes Guida e Rosalina, filhas de mãe Feliciana. O fato foi levado ao conhecimento do arcebispo Dom Joaquim, que foi ao local, celebrou missa e fez procissão com a imagem da Santa. Mandou tirar retratos da Nossa Senhora no andor, mas quando o filme foi revelado, apareceram duas imagens, uma ao lado da outra que estava no andor. A notícia se espalhou e várias pessoas de todo o mundo começaram as romarias e a devoção por Nossa Senhora da Penha. 

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